sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

 TEMA 3 - TECNOLOGIAS

 

CONSTRUTECH: SAIBA COMO A TECNOLOGIA ESTÁ MUDANDO A CONSTRUÇÃO


Eduarda Terra – Publicado em 15 de janeiro de 2020 – Categoria Negócios Digitais

 

As empresas de tecnologia estão cada vez mais avançando para outros setores da economia, levando soluções tecnológicas e inovações. O setor da construção, que se encontra estagnado nos últimos anos e sem grandes alterações nas taxas de crescimento, vêem nas novas empresas soluções que prometem o aumento da produtividade. A criação de canais de comunicação e gerenciamento entre os gestores e os canteiros de obra são a nova aposta do mercado.

Atualmente, as empresas de tecnologia estão observando as empresas voltadas para os setores industriais, por quase sempre possuírem muito capital. E o setor da construção, um dos mais tradicionais da economia, vem abrindo espaço para as novas startups e ao avanço que elas podem oferecer.

Para isso, as empresas que estão entrando no mercado prometem soluções para que possam tornar os processos que envolvem o setor da construção mais eficientes e simplificados, visando aumentar a produtividade.

Ao implementar soluções como softwares avançados, hardwares focados na construção e recursos de análise, essas empresas inovadoras estão eliminando muitos dos problemas que afetam o setor há anos.

Saiba mais sobre como a tecnologia está mudando o setor da construção, através das Construtechs.

 

O que é Construtech ?

 

Construtech Saiba como a Tecnologia está mudando a ConstruçãoAs Construtechs são startups que implementam tecnologia no setor da construção civil. Ou seja, são empresas que atendem a demanda tecnológica em toda cadeia de valor da construção antes, durante e depois da realização de um empreendimento. Seja para automatização dos canteiros de obras, para digitalização dos projetos ou comunicação entre os gestores.

 

Panorama do mercado

O setor de construção é um dos segmentos do mercado que mais são afetados pelas oscilações econômicas, por conta disso é conhecido como o termômetro da economia. Se o setor apresenta bom desempenho é sinal de que o país está em crescimento.

Porém, nos últimos anos, dentro do cenário global, o mercado de construção não tem apresentado bons resultados. E a falta de avanços tecnológicos no setor pode ser um dos motivos.

Fato que pode ser explicado, primeiramente, por ser uma área que naturalmente demanda pouca tecnologia e que possui poucos profissionais envolvidos diretamente com ferramentas digitais.

De acordo com um dos artigos publicados pela revista Harvard Business Review o setor de construção apresenta o segundo pior resultado em adoção de novas tecnologias em seus processos de negócios, ficando atrás apenas da agricultura.

Um dos fatores que explicam esse atraso pode estar relacionado aos gestores da área, porque, apesar de possuírem um conhecimento profundo sobre os processos, não enxergam como a utilização de tecnologias poderiam agregar valor ao negócio.

Em um report elaborado pela JB Knowledge, é possível verificar que no setor de construção civil, 46% das empresas de vários países do mundo gastaram menos de 1% das suas receitas totais com tecnologia.

Porém, é algo que pode até ser positivo para as empresas que desejam implementar tecnologia no setor, já que em decorrência da capacidade ociosa existente no mercado, ainda há muito espaço para crescimento, e os investimentos tendem a ter retornos mais rápidos do que aqueles feitos em setores que possuem estabilidade no mercado.

Com isso, as expectativas se tornam promissoras. Em um estudo realizado pelo McKinsey Global Institute, para manter o ritmo de crescimento projetado para o PIB, o investimento global em construção exigirá cerca de 57 trilhões de dólares até 2030.

E, apesar do setor ainda investir muito pouco em pesquisa e desenvolvimento, a taxa de investimento total nas Construtechs no mundo, entre 2010 e 2018, teve um crescimento de 7,4%, equivalente a US$8,5 bilhões.

Em um estudo realizado pela CB Insights podemos observar que vem sendo crescente o número de startups no setor que estão tendo sucesso em seus investimentos:


Construtech: Saiba como a Tecnologia está mudando a Construção Panorama do mercado

Fonte:  CB Insights


Cenário Brasileiro

 

O Brasil apresenta bons resultados dentro do mercado do setor. Em um levantamento realizado pela Construtech Ventures foram mapeadas mais de 500 startups voltadas a soluções tecnológicas na construção. Sendo que o investimento para o ano de 2019 foi de aproximadamente R$600 milhões, distribuídos em:


  • Projeto e viabilidade – 9%

  • Construção – 26%

  • Aquisição – 35%

  • Propriedade e uso – 30%


 

Os indicadores nacionais mostram que a atividade econômica do setor está em crescimento, o que traz consequências positivas para o mercado. Segundo resultados divulgados pela FGV, referente ao Índice de Confiança da Construção, em 2019, os indicadores chegaram a 84,7, sendo o maior nível desde janeiro de 2015.

Além de um levantamento realizado pelo IBGE, que tem como resultado um crescimento no setor de 2% no segundo trimestre de 2019, depois de 5 anos registrando quedas. E ainda de acordo com o instituto, o crescimento ajudou a estimular o PIB brasileiro.

Como é possível verificar, o setor da construção, apesar de lucrativo, sempre atua com pouca produtividade. Com o impulsionamento do setor nos últimos anos, talvez seja o momento certo para que novas tecnologias atuem para um crescimento sustentável.

 

Ecossistema

 

O ecossistema das Construtechs se desagrega em vários segmentos: Proptech, Contech, Retech e Greentech. Cada um desses termos corresponde a algo específico dentro do setor, seja referente ao mercado em que atua ou com as ferramentas que utilizam. Entre eles, dois segmentos possuem mais destaque:

Contech

O termo é usado para denominar as startups que são diretamente relacionadas ao ambiente de obras. Um exemplo é a PlanGrid, uma empresa que oferece um sistema de gestão de obras e equipes, e possibilita o acompanhamento da obra através de uma planta online.

Proptech

É a expressão usada para se referir às startups que atuam com tecnologias aplicadas a propriedade, ou seja, do produto gerado pela construção. Pode ser usado para representar o mercado imobiliário. Uma das principais startups nesse setor é a Airbnb uma plataforma que se tornou umas das principais opções de aluguéis temporários online.

 

Áreas estratégicas para implantação da tecnologia nas empresas

 

Segundo os estudos realizados pelo McKinsey, a oferta de tecnologia para a construção possui o foco em três áreas que são consideradas principais:


  1. Execução no local de obras

  2. Colaboração e mobilidade digital

  3. Back-office.


Saiba mais sobre cada uma abaixo:

 

1. Execução no local de obras

 

Algumas ferramentas podem ser utilizadas para a melhoria da gestão das obras e auxiliar na produtividade em campo, atuando no gerenciamento do tempo usado pela equipe na execução das obras ou na otimização dos recursos que são utilizados.

Por exemplo, algumas ferramentas monitoram a movimentação da equipe em tempo real, incluindo o número de horas de trabalho dos membros da equipe. Podem até mesmo rastrear os funcionários analisando dados de dispositivos portáteis.

Enquanto outras pedem que os trabalhadores insiram dados sobre suas atividades e localização, para um acompanhamento remoto das atividades executadas pela equipe.

Outras ferramentas que podem ser usadas envolvem a segurança durante as obras, muitas aplicações facilitam o rastreamento e a notificações de incidentes de segurança nos locais de trabalho.


2. Colaboração e mobilidade digital

Construtech Saiba como a Tecnologia está mudando a Construção-Panorama do mercado-Execução no local de obrasUm dos motivos para o histórico fraco da produtividade do setor é que ele ainda depende de recursos não digitais para gerenciar seus processos e produtos. Devido à falta de digitalização, o compartilhamento de informações fica atrasado.

Os colaboradores de um projeto de construção geralmente são profissionais que não possuem um contato próximo, porém eles precisam estar sempre se comunicando para alinhar suas ideias.


Isso explica porque muitas startups, que iniciam o processo de implementação digital em uma empresa, promovem a digitalização dos processos. De acordo com o McKinsey, o investimento em colaboração digital e soluções de mobilidade atraiu quase 60% dos investimentos em tecnologia no setor em 2016.

Portanto, a promoção da colaboração online entre os diversos gestores que envolve uma obra, para que as informações sejam disseminadas de maneira mais ágil, pode ser uma aposta no mercado.

 

3. Back-office

 

A integração de back-office envolvendo funções como contabilidade, recursos humanos e financeiro, poderiam ajudar as empresas a manter um maior controle sobre seu orçamento, sobre os estoques e até mesmo sobre o quadro de funcionários.

No entanto, um dos desafios encontrados é porque as empresas não têm acesso a todas essas informações, geralmente elas são perdidas com o tempo. Porém, algumas ferramentas ajudam na captação e armazenamento desses dados relacionados a empresa.

É de extrema importância a integração de todos os dados administrativos, porque acelera as decisões a serem tomadas, bem como os processos burocráticos, a realização de orçamentos, contratos, etc.

 

As principais tendências tecnológicas do mercado

 

Agora confira quais são as novas tendências do mercado e como cada tecnologia pode atuar para o aumento da produtividade do setor.

 

Tecnologia mobile

 

Em uma entrevista realizada pela JB Knowledge, 55,3% dos entrevistados responderam que usam aplicativos móveis para foto ou vídeo nos locais de obras, seguidos de 53,6% que utilizam para relatórios diários, 46,5% que utilizam para o gerenciamento de tempo e 37,8% para gerenciamento de planos.

Diante desses resultados, é ruim que o gerenciamento de planos esteja em última colocação, pois deveria ser um dos principais pontos a serem utilizados pelos gestores para um melhor mapeamento do fluxo de trabalho.

Um dos motivos que existem para que ele seja pouco utilizado pode ser explicado pelo alto custo de adquirir um sistema que cumpra essa tarefa. Mas, atualmente, existem ferramentas simples para o auxílio dessas atividades.

Como, por exemplo, aplicativos que ajudam no gerenciamento e auxiliam os engenheiros e projetistas a se organizarem. Além de aplicações que documentam e ajudam no gerenciamento de prazos e tarefas, otimizando os custos e fazendo com que os planos de trabalho ocorram de forma mais organizada.

 

Monitoramento do projeto ativada por IA

 

Com o uso da inteligência artificial na construção, os processos podem se tornar mais eficientes, com que máquinas podem reconhecer eventos através de sensores, organizar relatórios com KPI’s e também ajudar no controle de ações corretivas.

Além da comodidade, a inteligência artificial permite a economia e mais segurança aos usuários. Com a implementação de sensores de movimentos, por exemplo, é possível instalar um sistema de iluminação automática do ambiente.

Um modelo de uso dessa tecnologia é o BusyBusy, um aplicativo que promove o acompanhamento real dos funcionários e dos equipamentos. A aplicação oferece a supervisão precisa do tempo e localiza os funcionários por GPS.


Análise preditiva de dados

Construtech Saiba como a Tecnologia está mudando a Construção-Panorama do mercado-Monitoramento do projeto ativada por IA

A produção de dados na construção civil é constante e essas informações impactam diretamente na tomada de decisão, na gestão e na redução de riscos. As novas empresas estão começando a se adaptar à utilização de análises de dados em tempo real ou armazenadas em nuvem.

Com o maior uso da digitalização no processo de planejamento da construção e no próprio canteiro de obras está permitindo que as empresas capturem dados que antes não conseguiam.

As estratégias obtidas com a adoção de análises avançadas em projetos de construção podem ajudar a melhorar a eficiência, prazos e gerenciamento de riscos.

 

Softwares para gerenciamento de projetos

 

O gerenciamento dos projetos é uma atividade que requer cuidado e atenção em seu monitoramento. Embora, cada projeto seja diferente, as ferramentas para sua execução é o mais novo alvo das novas empresas.

Em uma pesquisa realizada pela Software Advice, 94% dos participantes utilizam algum tipo de software no gerenciamento de projetos, com 61% usando softwares especializado, 25% usando software genérico de projetos e 8% usando soluções próprias.

O estudo ainda mostrou que os usuários que utilizam softwares genéricos parecem ser os menos satisfeitos com os resultados obtidos, sendo que apenas 18% das empresas nessa categoria afirmam que a ferramenta atende às suas necessidades.

Nesse sentido, é importante não só pensar na implementação de um software na sua empresa, mas se ele de fato atende as necessidades da equipe. Pois a utilização de ferramentas inapropriadas, podem acarretar em custos ainda maiores ou um atraso no desenvolvimento dos trabalhos.

Em uma entrevista a Forbes, John Jacobs CEO da JE Dunn, uma das maiores empresas de projetos de construção nos Estados Unidos disse que só foi possível alcançar tal posição através de parcerias com empresas de tecnologia para desenvolver ferramentas específicas para o setor.


“Aqui está a questão principal – temos um processo complexo pelo qual passamos para construir um edifício. Precisamos acessar dados 2D e 3D, dados financeiros, dados corporativos, documentos, elementos de programação, clima – tudo isso precisa ser vinculado e é uma rede complexa.”

 

BIM (Building Information Modeling)

 

O BIM é uma maneira eficiente de reunir todas as informações de uma construção de forma eficiente e organizada. Esse conjunto de informações é composto desde o modelo inicial da edificação até seu orçamento.

Além de integrar todos os dados em um único local, o seu uso facilita o compartilhamento do projeto entre os profissionais envolvidos, desde o engenheiro ao arquiteto.

A tecnologia BIM permite criar digitalmente modelos virtuais de uma construção, com uma visão mais detalhada sobre as informações, o que permite melhor análise e controle. Com o BIM também é possível integrar softwares de diferentes fabricantes para que eles possam se completar.

Como dito por Thiago Ricotta, arquiteto e urbanista com mestrado em gerenciamento de projetos, em entrevista ao Building:


“A digitalização da construção possibilitada pelo BIM já provou que podemos ter resultados da ordem de 99%, 92% e 90% de precisão. Isso vale para custos, cronograma e auditoria de qualidade respectivamente. Com a digitalização e acesso dos projetos em dispositivos móveis, os engenheiros podem ganhar até 16% do seu tempo.”


Conteúdo sobre Construtech

Alguns sites realizam estudos sobre o setor da construção, trazendo dados sobre as tendências do mercado e, principalmente, assuntos voltados para a implementação da tecnologia no setor. 


Construtech Saiba como a Tecnologia está mudando a Construção-Panorama do mercado- BIM(Building Information Modeling)

 

 Confira:


  • CB Insights: https://www.cbinsights.com/reserch/construction-tech
  • Construtech Ventures: https://construtechventures.com.br/blog/
  • JB Knowledge: https://jbknowledge.com/construction
  • Deloitte: https://www2.deloitte.com/br/pt/pages/energy-and-resources/topics/industrial-products-construction.html?icid=top_industrial-products-construction
  • KPMG: https://home.kpmg/br/pt/home/industrias/investimento-imobiliario.html

 

Conclusão

 

Como você pode perceber, as startups estão mudando a forma como as pessoas conduzem seus negócios e a maneira de se construir. Todas essas tendências indicam que os novos focos de investimento no setor devem se concentrar no aumento da produtividade em campo e no gerenciamento do desempenho do local.

Na pesquisa Global Construction Survey 2017, realizada pela KPMG, 95% dos participantes acreditam que as tecnologias disruptivas irão mudar o setor e 74% apontam que essa mudança será realizada em até 5 anos.

Esse é um incentivo massivo para os players da indústria da construção identificarem soluções para transformar a produtividade e a entrega de projetos por meio de novas tecnologias e práticas aprimoradas.

Se produtividade do setor de construção alcançar o da economia total, isso aumentaria o valor agregado do setor em cerca de US$1,6 trilhões, acrescentando em cerca de 2% a economia global, em análise feita pela McKinsey.

Portanto, as empresas que atuam no setor podem aumentar seu nível de eficiência adotando essas novas tecnologias, para otimizarem seus processos e aumentarem suas receitas.

 

TEMA 2 - TECNOLOGIAS


7 PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DE UX DESIGN PARA 2020


Pedro de Vito – Publicado em 13 de janeiro de 2020


As empresas devem garantir uma boa experiência aos usuários desde o primeiro contato com seu produto ou serviço. Adotar o mobile first contribui para a redução de custos e aumenta a visibilidade e o alcance da solução digital. Os Chatbots têm ganhado uma grande notoriedade, sendo um mercado em ascensão. Seu uso ajuda as empresas a otimizarem a experiência do cliente.
 
Com as evoluções tecnológicas presentes no mundo atual, a presença digital das empresas tem ganhado cada vez mais relevância. Porém, para tirar proveito disso e converter essa oportunidade em vantagem competitiva para o negócio, é de suma importância colocar os usuários em primeiro plano e trabalhar sempre para garantir uma boa experiência para eles.

As empresas devem garantir uma boa experiência ao usuário desde o momento que ele entra em sua loja física ou virtual, até o processo de utilização do produto ou serviço, para que, dessa forma, consiga fidelizar os clientes e agregar valor para a empresa. Além disso, é válido lembrar que o foco não deve ser apenas na estética, mas, principalmente, na usabilidade das pessoas.

Para garantir uma boa experiência aos usuários e gerar vantagem frente aos concorrentes, as empresas devem investir em UX Design, que se entende como a relação que uma pessoa tem com um produto ou serviço, seja ele físico ou digital.

Porém, a cada ano que passa as tendências e técnicas de UX Design mudam. Os princípios do design são sólidos e permanecem, mas as tendências evoluem constantemente. Por esse motivo, é importante que as empresas estejam atentas a tais mudanças, buscando sempre estar um passo à frente da concorrência e garantindo a melhor experiência para o usuário.
Abaixo, estão listadas sete tendências potenciais para o próximo ano que podem auxiliar seu negócio quando o assunto é UX Design.
 
1. Minimalismo
7-principais-tendências-de-UX-Design-para-2020-Minimalismo
O conceito que “menos é mais” é, provavelmente, o slogan mais conhecido do movimento minimalista e, sem dúvida, está moldando a tendência da interface do usuário e é uma forte tendência para o ano de 2020.
Muitas empresas acreditam que entregando um serviço mais extenso do que o concorrente, traz vantagem para o negócio, mas essa teoria já caiu por terra. O que, de fato, traz vantagem ao negócio, é entregar uma boa experiência, resolvendo os problemas do usuário utilizando apenas os recursos necessários.
O Nubank, considerada uma das empresas mais inovadoras do mundo, é um grande exemplo de organização que adota o design minimalista em sua cultura. A empresa busca oferecer a melhor experiência ao usuário utilizando o mínimo de recursos possíveis. O Head de Design do Nubank, Guilherme Neumann, fez a seguinte afirmação sobre o que a empresa pensa sobre design de experiência:
 

“A solução de design ou de interface que surge é consequência não só do trabalho que o designer faz, mas da preocupação que todo mundo no Nubank tem com a experiência de quem usa o produto.”


Porém, para surfar nessa onda e aproveitar as oportunidades que ela oferece, é necessária muita criatividade e, acima de tudo, muito conhecimento técnico. É preciso ter cuidado para que essa prática não interfira na entrega final do produto.

2. Sincronização de Dispositivos
 
7-principais-tendências-de-UX-Design-para-2020-Sincronização-de-dispositivosNão é de hoje que a humanidade se queixa de falta de tempo e, cada vez mais, as pessoas estão em busca de suprir suas demandas de forma mais simples e prática possível. Por esse motivo, as empresas devem se preocupar em oferecer uma solução que poupe tempo e esforço de seus usuários.
A sincronização de dispositivos pode servir como aliado para agilizar uma solução e otimizar a experiência do usuário. Como prova disso, grandes empresas estão investindo neste ponto a fim trazer mais praticidade aos usuários, visando suprir suas necessidades de forma ágil e agradável. 
A Apple, gigante de tecnologia, é um exemplo de empresa que aposta na sincronização de dispositivos. Em abril de 2015 eles lançaram o Apple Watch, um relógio que permite o usuário sincronizar diversas funcionalidades com o Iphone. Através dele é possível pedir um Uber, responder mensagens de Whatsapp e, até mesmo, pagar uma conta.
 
3. Tecnologia Mobile
7-principais-tendências-de-UX-Design-para-2020-Tecnologia-Mobile
Com as mudanças no comportamento humano e busca por mais praticidade, o uso de dispositivos móveis tem aumentado cada vez mais. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria de mídia App, o Brasil já se encontra na quinta posição entre os países que mais usam smartphones no mundo. No que diz respeito a aplicativos de compra, o Brasil é o quarto colocado.
Como prova disso, de acordo com apuramento da EbitNielsen, 55% dos pedidos online na Black Friday foram feitos a partir de celulares. No ano de 2018, por exemplo, esse número representava somente 35% das vendas. O faturamento do mobile nessa data cresceu 95% em relação ao ano passado, e fechou com R$ 1,7 bilhão.
Números como esses comprovam o crescimento exponencial do uso de smartphones para realizar uma compra. Diante disso, as empresas devem investir em tecnologia para melhor atender seus clientes, garantindo uma boa experiência de uso.
Uma possível solução para garantir boas usabilidade ao usuário é adotar o mobile first. Além de melhorar a experiência, também contribui para a redução de custos e aumenta a visibilidade e o alcance da solução digital.
 
4. Realidade Virtual
7-principais-tendências-de-UX-Design-para-2020-Realidade-Virtual
A Realidade Virtual é uma tecnologia imersiva que coloca a pessoa dentro de um mundo 100% virtual, criado através do computador, contribuindo imensamente para gerar uma experiência positiva aos usuários e, sem dúvida, é uma forte tendência para o Design UX em 2020.
Ao adotar a tecnologia de Realidade Virtual em uma empresa, é possível estreitar os laços com os consumidores de uma maneira inovadora, potencializar resultados em vendas, fidelização e agregar valor no produto ou serviço.
A Mizuno, por exemplo, inaugurou um espelho interativo dentro dos provadores de roupas em uma de suas lojas, no MorumbiShopping, em São Paulo. A novidade é chamada de “Fitting You Mirror”, e traz o omnichannel integrando as plataformas de e-commerce e loja física da marca.
 
Entre as funcionalidades do espelho interativo estão leitor de código de barras, acesso a cores e tamanhos das peças disponíveis na loja, opção para curtir a peça, carrinho de compras, chamar o vendedor para atendimento, solicitar novos itens, consultar sugestões de peças, pré chek-out, além de luz de LED e som.

5. Inclusão
7-principais-tendências-de-UX-Design-para-2020-inclusão
O tema acessibilidade tem a ver com permitir o acesso ou uso de produtos, serviços e informações e, por isso, impacta várias áreas. O design de inclusão, por sua vez, pode contribuir para isso e, por esse motivo, vem sendo abordado como uma das principais tendências do UX Design para o próximo ano.
Quando uma empresa está desenvolvendo um produto ou serviço, seja digital ou físico, o foco principal deve ser sempre os possíveis clientes. Por esse motivo, é necessário praticar empatia e se colocar no lugar deles, para entender qual problema eles buscam resolver ao optar por contratar sua solução.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cegueira afeta 39 milhões de pessoas em todo o mundo. 246 milhões sofrem de perda moderada ou severa da visão.
Diante desses números alarmantes, é notória a necessidade de uma política de inclusão para tornar possível que as pessoas com deficiência tenham condições e acesso aos mais diversos conteúdos, produtos e serviços.
Em entrevista à TV Folha, o programador João Guilherme fez a seguinte afirmação:

“Acessibilidade não é altruísmo. Acessibilidade necessita estar em seu site. Se o seu site não atende a todas as pessoas, o seu site é deficiente.”


Porém, é válido lembrar que inclusão vai muito além de interfaces digitais. A acessibilidade deve se fazer presente nas mais diversas áreas, como na educação, no acesso à arte, na mobilidade urbana, etc.

6. Inteligência Artificial
7-principais-tendências-de-UX-Design-para-2020-Inteligência-Artificial
A Inteligência Artificial (IA) para o UX Design é um conceito relativamente novo. Basicamente, funciona como um mecanismo que identifica e implementa as tendências de design da Web com a ajuda do aprendizado de máquinas.
Com o auxílio da IA, os desenvolvedores podem criar programas que conseguem entender os princípios de design artificiais observando o funcionamento das páginas da Web que já estão em uso.
Nos últimos tempos algumas empresas têm investido em IA na tentativa de entregar uma experiência otimizada ao usuário final. Um exemplo muito conhecido é a Siri, lançada pela Apple, que funciona como uma assistente pessoal dos dispositivos da empresa, como por exemplo o iPhone e o iMac.
A IA também é muito utilizada em dispositivos móveis como assistente de voz e para desbloqueio de rosto. Diante dessas possibilidades, as empresas devem estar preparadas para acompanhar as mudanças que estão ocorrendo nesse sentido, para que não percam espaço em relação à concorrência.
 
7. Chatbots
7-principais-tendências-de-UX-Design-para-2020-Chatbot
Dentro das novas possibilidades tecnológicas que surgem para melhorar a experiência do usuário, os Chatbots têm ganhado uma grande notoriedade. De acordo com pesquisa da Gartner, o mercado de bots está em ascensão e deve alcançar US$ 1,2 bilhão até 2025.
De acordo com estudo da SuperOffice, 62% das empresas não respondem aos e-mails dos clientes. Para as empresas que respondem, o tempo médio de resposta é de 12 horas, tempo este que não é tolerado pelos clientes. Números como esses comprovam que as empresas acabam ignorando seus clientes, e este fato é muito preocupante.
Diante da ascensão no mercado dos bots, as empresas podem investir nesse sentido, buscando trazer agilidade no relacionamento com o cliente, poupando não só o tempo dos usuários, mas também o tempo da empresa.
A Warren Brasil, corretora digital de investimentos, é um ótimo case de empresa que utiliza uma solução de chatbots para otimizar a experiência do cliente. Primeiro, o chatbots descobre seu perfil de investidor e, em seguida, te sugere alguns investimentos. A experiência é bastante interessante, vale a pena conferir.

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